sábado, 6 de junho de 2009

Dúvidas mais frequentes do leitor ao blogger - 03

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É verdade que é comum fraudes em cocursos públicos?
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Tentativas de fraudes em concursos públicos são freqüentes em todo o país. A venda de supostos gabaritos e de falsas promessas de vagas garantidas é prática recorrente de pessoas que tentam obter vantagens de forma ilícita.
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Em maio de 2005, numa mega-operação, a Polícia Civil do Distrito Federal, com apoio da Polícia Federal, desmontou um esquema de fraude em concursos públicos em todo o país. Foram expedidos 104 mandados de prisão no total. Entre os presos na Operação Galileu, policiais civis e militares, candidatos que compraram gabaritos, servidores públicos aprovados de forma ilegal, professores, advogados e 15 servidores do Tribunal de Justiça Federal do Distrito Federal.
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Em julho de 2007, foram anuladas as provas do concurso da Câmara Municipal de São Paulo e refeitas em janeiro de 2008. Quando são detectadas fraudes ou há suspeita de irregularidades no processo, a primeira providência a ser tomada é suspender as etapas subseqüentes do concurso até que a polícia e o Ministério Público concluam a apuração das denúncias. Se confirmada a fraude, as provas serão anuladas e será feito um novo concurso, mantendo-se o edital.
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A instituição organizadora comunica aos candidatos a nova data e em alguns casos, poderá até reabrir as inscrições. Mas a reabertura de inscrições não é regra, fica a critério do órgão público. Mas como fugir de concursos “furados”? Esta é uma tarefa difícil. Conhecer a entidade organizadora é um começo. Se a instituição é séria, e reconhecida no meio, tem menor chance de acontecer qualquer irregularidade. Evitar concursos em que a própria instituição contratante organiza o certame e existe um número razoável de funcionários terceirizados.
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A possibilidade de fraude é grande, o concurso pode ser realizado apenas para legalização de pessoas contratadas sem concurso público. Outra dica é procurar saber se o órgão público está realmente precisando de pessoal, se existem vagas ou apenas cadastro de reserva (os classificados só são chamados quando abrem vagas - elas ainda não existem - dentro da validade do concurso).
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Nos concursos realizados no segundo semestre, quando há transição de governos e não dá mais para chamar ainda no mesmo exercício, são mais suscetíveis de prescrição. Por isso, fique atento se há eleição no ano que você está prestando.
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Vale lembrar que os concursos têm validade de até dois anos, prorrogáveis por igual período, e não pode haver outro concurso durante esse período para os mesmos cargos, nem a contratação de terceirizados.

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