sábado, 6 de junho de 2009

Dúvidas mais frequentes do leitor ao blogger - 01

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Ano eleitoral impede a realização de concursos?
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É a Lei n° 9.504/97 que rege sobre as regras para concursos públicos em ano eleitoral. A legislação não impede processos seletivos em ano de eleição.Porém os aprovados só podem assumir seus cargos se os resultados forem homologados 90 dias antes do pleito. Em caso contrário, resta-lhes esperar o período passar até a posse dos políticos. Este ano a norma só se aplica a processos seletivos da esfera municipal, uma vez que os cidadães irão às urnas apenas para votar em prefeitos e vereadores. Portanto, contratações estaduais ou federais não passam por restrição.

Dúvidas mais frequentes do leitor ao blogger - 02

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O que não se deve fazer quando se esta preparando?
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Os pecados capitais levam ao inferno, os do concurso à reprovação, desânimo e desistência.
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Os pecados capitais são os seguintes: gula, soberba, inveja, preguiça, ira, luxúria, avareza. Vamos vê-los agora em sua manifestação “concursândica”.
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A gula é a pressa de passar. Como sempre digo: concurso se faz não para passar, mas até passar. Assim, esqueça a pressa e comece a estudar com regularidade, planejamento e antecedência. Os concursos estão vindo aos montes, e continuarão assim. A aprovação é resultado de um processo longo, mas é algo que você – se trabalhar direito – pode contar.
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A soberba é a arrogância, o achar que já se é o “Sabe-Tudo”, o “rei da cocada”. Muitos candidatos inteligentes e bem formados são vítimas da soberba, ao passo que os menos capazes, mas esforçados, chegam lá, assim como na história da corrida da lebre com a tartaruga. A humildade nas aulas, no estudo, nas provas, em todo o processo, enfim, é o caminho para a glória.
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A preguiça. Nem é preciso escrever nada. A palavra é auto-explicativa. Mas deixe-me dizer uma coisa: eu sou meio preguiçoso. Só que sempre fazia o que devia ser feito, quando, me imaginava desempregado e sem grana, caso deixasse a preguiça me dominar.
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A inveja acontece quando o concurseiro fica vigiando a vida, as notas e as coisas boas que os outros possuem ao invés de ir resolver a própria vida. É impressionante como as pessoas pecam ao se compararem com os outros e dedicarem-se à reclamação e à autocomiseração em vez de estudarem e treinarem.
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A ira representa deixar-se estourar, ou desanimar, pela enorme quantidade de fatos que têm justificadamente esse condão: cansaço, carteiras duras (do curso e a sua), dificuldades com a família, com a matéria, os absurdos ou fraudes em concursos, taxas de inscrição abusivas etc. haja paciência! (ops! Estamos falando de pecados e não de virtudes…). Nessas horas, não adianta irar-se. O jeito é ir estudar, pois um dia a gente passa, apesar de tudo.
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A luxúria é talvez o maior pecado. Veja nela o lazer exagerado, as viagens, passeios baladas e tudo o mais que é delicioso, um luxo, e que nos tira tempo para estudar e treinar. Pois bem, equilibrar estudo e lazer, administrar bem o tempo e saber estabelecer as prioridades é essencial para chegar ao reino dos céus, digo, da nomeação.
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A avareza tem duas manifestações. A primeira, do candidato, quando economiza nos investimentos necessários para ser aprovado. Vale a pena escolher os melhores livros, cursos e gastos, que incluem até mesmo os exames de saúde para estar bem e enfrentar a maratona dos concursos. A segunda avareza, a pior delas, ocorre quando o cidadão passa e deixa de utilizar o cargo e os poderes e competências dele para o bem da coletividade. Não sejamos avaros com o país, nem com o povo que o (e nos) sustenta. Ao passar, para não ser blasfemo, herege ou apóstata, é preciso devolver ao povo o quanto nós custamos. Isso pode ser feito com trabalho, eficiência, simpatia, honestidade e entusiasmo. Cumprir o dever, e se puder, um pouco mais.

Dúvidas mais frequentes do leitor ao blogger - 03

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É verdade que é comum fraudes em cocursos públicos?
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Tentativas de fraudes em concursos públicos são freqüentes em todo o país. A venda de supostos gabaritos e de falsas promessas de vagas garantidas é prática recorrente de pessoas que tentam obter vantagens de forma ilícita.
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Em maio de 2005, numa mega-operação, a Polícia Civil do Distrito Federal, com apoio da Polícia Federal, desmontou um esquema de fraude em concursos públicos em todo o país. Foram expedidos 104 mandados de prisão no total. Entre os presos na Operação Galileu, policiais civis e militares, candidatos que compraram gabaritos, servidores públicos aprovados de forma ilegal, professores, advogados e 15 servidores do Tribunal de Justiça Federal do Distrito Federal.
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Em julho de 2007, foram anuladas as provas do concurso da Câmara Municipal de São Paulo e refeitas em janeiro de 2008. Quando são detectadas fraudes ou há suspeita de irregularidades no processo, a primeira providência a ser tomada é suspender as etapas subseqüentes do concurso até que a polícia e o Ministério Público concluam a apuração das denúncias. Se confirmada a fraude, as provas serão anuladas e será feito um novo concurso, mantendo-se o edital.
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A instituição organizadora comunica aos candidatos a nova data e em alguns casos, poderá até reabrir as inscrições. Mas a reabertura de inscrições não é regra, fica a critério do órgão público. Mas como fugir de concursos “furados”? Esta é uma tarefa difícil. Conhecer a entidade organizadora é um começo. Se a instituição é séria, e reconhecida no meio, tem menor chance de acontecer qualquer irregularidade. Evitar concursos em que a própria instituição contratante organiza o certame e existe um número razoável de funcionários terceirizados.
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A possibilidade de fraude é grande, o concurso pode ser realizado apenas para legalização de pessoas contratadas sem concurso público. Outra dica é procurar saber se o órgão público está realmente precisando de pessoal, se existem vagas ou apenas cadastro de reserva (os classificados só são chamados quando abrem vagas - elas ainda não existem - dentro da validade do concurso).
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Nos concursos realizados no segundo semestre, quando há transição de governos e não dá mais para chamar ainda no mesmo exercício, são mais suscetíveis de prescrição. Por isso, fique atento se há eleição no ano que você está prestando.
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Vale lembrar que os concursos têm validade de até dois anos, prorrogáveis por igual período, e não pode haver outro concurso durante esse período para os mesmos cargos, nem a contratação de terceirizados.